Rhupá, a fábula da noiva cadáver
Um noivo prometido para casar está com seu amigo, um jovem rabino, bebendo e conversando sobre seu futuro e começa a ensaiar a liturgia completa do casamento e "casa-se" com uma noiva morta. Porque essa noiva foi morta? Porque esse noivo está prometido
Em processo de montagem, pesquisa e com estreia prevista para o segundo semestre deste ano, o espetáculo é baseado na fábula russo-judaica “A noiva cadáver” e conta essa história fazendo um paralelo com os fatos reais da perseguição aos judeus no Brasil e na Europa.
Uma das formas de manter viva as histórias e tradições eram através das fábulas, que muitas vezes contam acontecimentos reais de forma lúdica ou fantasiosa, como é o caso da história que será contada no espetáculo. Esta fábula, para adultos, faz referência às mulheres jovens que eram atacadas em suas carruagens e assassinadas no caminho de seus casamentos como forma de não "proliferar" os judeus na Rússia. A adaptação da fábula nasceu do "Pogrom", uma palavra russa que significa "causar estragos e destruir violentamente". Historicamente, o termo refere-se aos violentos ataques físicos da população, em geral contra os judeus, tanto no império russo como em outros países. Os casamentos judeus, muitas vezes, eram arranjados entre as famílias como garantia de preservar as tradições, o mesmo costume era comumente praticado no nordeste do Brasil entre as famílias da mesma "comunidade", como forma de preservar as tradições.
O preconceito e a perseguição foram marcas dominantes na vida dos imigrantes “cristãos-novos” (também conhecidos como Conversos ou Marranos, judeus obrigados a converter-se ao catolicismo romano pela coroa Portuguesa). Alguns destes Marranos, embora publicamente “convertidos”, mesmo com o risco de captura e morte pela Inquisição, continuaram secretamente a praticar a fé judaica e seus costumes (criptojudaísmo) que no Brasil confundem-se muito com a tradição nordestina, já enraizada e oculta por muitas gerações, principalmente nos estados onde marcadamente as famílias de cristãos-novos se instalaram.
Um noivo prometido para casar está com seu amigo, um jovem rabino, bebendo e conversando sobre seu futuro e começa a ensaiar a liturgia completa do casamento e "casa-se" com uma noiva morta. Porque essa noiva foi morta? Porque esse noivo está prometido?
FICHA TÉCNICA
Elenco: Carol Machado, Diogo Picchi, Rafael Mannheimer
Texto e Dramaturgia: César Valentim
Direção e Encenação: Alexandra Arakawa
Direção Musical: Maurício Chiari
SERVIÇO:
Midrash Centro Cultural
Rua General Venâncio Flores, 184 – Leblon
Reservas: midrash.org.br
Leitura dramatizada + bate-papo
Dia 2 de abril | às 20h
Entrada Gratuita
Lotação|50 lugares